PINILLA

Muito se disse e opinou sobre este chileno. Por várias vezes passou de besta a bestial e vice versa. A sua pouca e irregular utilização, num lugar complicado - tapado por Liedson - e o grande número de médios criativos em excelente forma (particularmente na época passada) - Barbosa, Viana, Martins e Moutinho - aliado ao regresso aos grandes momentos do Sá Pinto e da descoberta de um Douala desequilibrador, fez com que nunca fosse muito possível a sua passagem pelo campo. Quem me ouve falar parece que tinhamos a equipa perfeita que nunca cometia erros. O que acontecia era que os referidos jogadores davam muito mais garantias a Peseiro.

Já esta época, é minha opinião que Pinilla merecia muito mais oportunidades do que as que teve, pela fraca qualidade exibicional de elementos como Douala ou Deivid, particularmente este último no início da temporada.

Em relação ao global da passagem pelo Sporting, fica o registo de um golo aqui ou ali, um golaço ao Moreirense, de um hattrick em Braga e de ser o jogador mais pedido pelo público quando os 11 que estavam em campo não correspondiam. Uma aposta ganha ou perdida? Respondo claramente que a aposta foi ganha. Mais do que ganha! Um simples motivo: o golo ao AZ Alkmaar, que nos abriu as portas da final da Uefa, não tem preço!

Uma palavra ainda para a sua saída. Acusado por diversas vezes de não viver o sportinguismo com intensidade (dizia-se que nem sequer via os jogos se não fosse convocado), quando chegou o mento da sua partida, veio em defesa de todo o grupo e do clube, que apelidou de fantásticos, recordando com alegria os tempos que passou no clube de Alvalade.

Boa sorte com o resto da carreira!

BG