26.9.06

ROTATIVIDADE

Paulo Bento tem apostado claramente num sistema de rotatividade este ano. Tal forma de alinhar reflecte um equilíbrio muito grande dentro do plantel, com várias soluções para cada posição apesar da juventudade da maior parte dos jogadores.
Titulares indiscutiveis parecem-me existir três: Ricardo, Moutinho e Liedson, em quem Paulo Bento continua a apostar apesar da falta de golos. A meu ver com toda a razão! A qualidade de jogo perde tanto sem o brasileiro em campo... E se ele não joga, ficamos sem aquela linha de pressão alta que só ele sabe fazer.

Nas laterais é onde a rotatividade é mais evidente: quatro jogadores para dois postos. Abel, em clara baixa de forma, parece-me o pior posicionado para discutir um posto neste início de época, embora tenha actuado no jogo da liga dos campeões, em casa frente ao Inter e tenha sido primeira escolha na 1ª jornada com exibição profundamente desastrosa.
No centro da defesa, Polga e Tonel (que todos julgavamos titulares) têm agora a concorrência de Miguel Veloso, o polivalente do plantel. Viu-se na Vila das Aves que nem um nem outro deverão ter assegurada a titularidade à partida... Tonel ficou no banco, acabando por entrar e... marcou! Aposta inteiramente ganha de Paulo Bento!

Quanto ao meio campo, Paulo Bento pode escolher usar quatro médios ou até cinco no apoio a Liedson. Veloso, Custódio e Paredes lutarão por um lugar ao lado de Moutinho, do qual Paulo Bento não abdica. Nani, Carlos Martins (quando recuperar), Romagnoli, Tello e Farnerud serão as restantes opções para a frente do meio campo. Nani parece-me em clara vantagem e o treinador poderá ainda recuar Djaló e encostá-lo a uma ala.
Lá na frente, Liedson tem lugar cativo. Bueno, Alecsandro ou Djaló ajudarão o levezinho, parecendo-me que o primeiro é claramente o mais fraco dos três.

A meu ver este sistema tem uma desvantagem:
- A possível falta de rodagem e mecanização dos jogadores uns com os outros num jogo ou outro (embora tal não me pareça que tenha acontecido até aqui)
Quanto às vantagens, vejo bastantes:
- Possibilita uma boa gestão das capacidades fisícas dos jogadores, com uma época que se espera com longas campanhas, tanto ao nível interno como ao nível europeu;
- Permite que, em cada jogo, Paulo Bento tenha muito mais soluções no banco de suplentes;
- Faz com que os jovens jogadores ganhem experiência e rodagem nas diversas competições;
- Encoraja a uma maior luta (saúdavel) pela titularidade;
- Dificilimente haverá jogadores descontentes, porque sentem sempre que podem ter um espaço na equipa;
- Complica a tarefa dos treinadrores adversários, que dificilmente adivinham a equipa que entrará em campo.

BG

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