3.1.07

CRÓNICA

Ocorreu-me há uns tempos pegar num caderno e escrever um enorme post sobre várias coisas com as quais discordo acerca das arbitragens. Acabei por nunca o passar para o blog e ainda bem que o não fiz, pois tornar-se-ia para o leitor extremamente maçudo.

Decidi então que o partirei em vários bocadinhos, que passarão a constituir a minha curta crónica semanal, que será lançada on-line às 4ªs feiras e que poderá ser alvo de belas e proveitosas discussões. Assim o espero...

O meu primeiro motivo de discórdia vai para uma regra que foi criada há meia dúzia de anos, que se refere ao tempo que os guarda-redes podem ter a bola na mao. Acontece que NUNCA vi os 6 segundos a serem sancionados por nenhum árbitro. O que se passa? A FIFA cria as regras só por criar? Para os guarda redes se despacharem um bocadinho mais?

Por mim o guarda-redes pode fazer o pino, dar cambalhotas, fazer a roda, a ponte, pinotes e o que muito bem entender se conseguir não largar a bola e executá-lo dentro dos seis segundos. Evidentemente não é necessário que o árbitro faça uma cronometragem ao milésimo, agarrando-se ao pulso de apito na boca, olhando fixamente o mostrador do relógio com a máxima concentração para, ao fim de decorridos 6 segundos, assinalar a falta e dar o cartão ao guarda-redes. No entanto, há situações que ultrapassam o limite do razoável, irritando qualquer um. Muitas vezes 10 e 15 segundos depois de ter agarrado a bola, o guardião resolve lançar a bola, enquanto o senhor de preto assiste, impávido e sereno.

A solução para isto é, a meu ver, muito simples. Basta um aviso à primeira bola que que aproxime do tal limite razoável. A partir daí, começam as expulsões. Sem contemplações. Dois ou três jogos a arbitrar desta forma e certamente os jogadores iriam aprender. Lembrar-se-iam então sempre que tentassem perder tempo: «se calhar é melhor não... eles agora expulsam os guarda-redes por causa disto».

BG

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