17.10.06

DILÚVIO

Continuando a história do nosso Domingo, depois do andebol, lá seguimos rumo ao Estoril. Pensámos que iamos deixar o carro muito longe, pelo que fomos bastante cedo, para não evitar confusões e porque não havia grande coisa a fazer. Chegámos com imensa antecedência e sentámo-nos durante cerca de hora e meia à conversa numa paragem de autocarro a ver a chuva e os relampagos lá ao fundo.

Cerca de 20 minutos antes do jogo resolvemos entrar. Ficámos em pé, o que é menos desagradável com um tempo daqueles.

No relvado, os jogadores iam fazendo o que podiam, com a bola a fugir sempre que batia no chao. Muito complicado! Assistimos a muitos passes falhados, futebol confuso e carrinhos com jogadores (regra geral do Estrela) a deslizarem vários metros antes de pararem (geralmente esbarrando nas pernas de um sportinguista - Moutinho e Nani foram os mais castigados). Olegário Benquerença teve uma arbitragem desastrosa, no entanto, para sua sorte, o jogo não teve lances decisivos, pois foi muito jogado a meio campo. Fica a marcar a noite a entrada de Tony sobre Moutinho, merecedora de expulsão directa e que o juiz resolveu sancionar ao contrário. Patético!

Graças a Deus Tonel marcou. Voltou a ser decisivo! Boa cabeçada do nosso central, numa altura em que o Estrela até procurava equilibrar a partida. Veio no momento certo, em cima do intervalo.

Na segunda parte, Carlos Martins deu outro perfume ao futebol leonino, perante um Estrela que pouco ou nada fez. Esperamos que o nº10 esteja a preparar grandes momentos... Pela regularidade demontrada e pela quantidade de faltas sofridas e bolas recuperadas, considero João Moutinho o melhor em campo.

Foram várias horas em que nunca parou de chover. Particularmente no fim do jogo, o que acontecia era um perfeito dilúvio. Bravos os adeptos que não arredaram pé, sendo que outros, certamente menos sofredores com o seu clube, saiam do recinto decorridos ainda estavam apenas 20 minutos. De notar nas bancadas a presença de um forte contingente policial: a policia de choque, sempre atentos e prontos a intervir e a GNR, sempre com as suas fardas impecáveis e enxutas, fazendo com permanentes entradas (quando a chuva acalmava) e saidas (quando caia com mais força).

Apanhámos uma verdadeira molha. A maior da minha vida! O Francisco parecia um pintainho... Escorria por tudo quanto era lado. Eu, graças a Deus, tive a brilhante ideia de levar uma capa que comprara numa deslocação às Antas, para ver o Porto-Lázio, numa noite onde até granizo choveu (mas volto a frizar que a maoir molha da minha vida foi ontem). No entanto, levei uns ténis de pano e cheios de buracos. Que esperteza... Tinha os pés ensopados e o resto do corpo, apesar da capa, também não escapou completamente ao poder das águas. Termino dizendo para se tranquilizarem, pois encontramo-nos os dois de plena saúde e hoje pudemos cumprir os nossos deveres profissionais (FB) e académicos (eu), sem febres ou constipações. Casa, banho quente e pijama de flanela...

BG - Uma saudação especial aos que lá foram

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