NÃO MERECIAMOS
Não mereciamos tamanha sorte esta quinta feira! A derrota veio complicar muito as contas no apuramento! O grupo ficou uma salganhada cá para baixo. Irão ser umas contas muito típicas do nosso país... No topo, Bayern segue «sossegadamente» na sua caminhada rumo aos oitavos.
Frente a um fortísssimo Bayern, entrámos desinibidos e com vontade de pegar no jogo. Os primeiros 5 minutos foram quase sempre jogados no meio campo alemão, embora sem claras ocasiões de perigo. O pior veio depois. Dos 5 aos 20 minutos, o Bayern pegou no jogo. Nesse período assistiu-se a um completo desnorte defensivo por parte dos leões. Um golo de Schweinsteiger, que Ricardo tão bem conhecia do mundial, chegou para fixar o resultado final. Nessa fase, os alemães poderiam inclusivamente ter marcado em mais uma ou duas ocasiões. Mostraram a terrível eficácia do futebol do seu país. Quando podiam, não estavam com meias medidas, rematavam! Ou não fosse a rematar que se fazem os golos
A partir daqui e até ao fim, só deu Sporting! Moutinho e Carlos Martins, deram o mote e empurraram os alemães para dentro da sua área. Por diversas vezes o perigo rondou a baliza de Oliver Kahn, sem que o Sporting conseguisse o empate. Liedson, num fantástico remate à meia volta, viu o guarda redes alemão negar-lhe o golo com uma defesa espectacular, provando porque é considerado um dos melhores (senão o melhor) do mundo a defender debaixo dos postes. Carlos Martins de fora da área, num remate interceptado, ou Alecsandro, de cabeça não tiveram melhor sorte. Os cantos sucediam-se em bom número! Era uma altura de grande pressing da nossa equipa! O intervalo chegou e justificava-se pelo menos um empate.
Na segunda parte, Paulo Bento deixou nos balneários Carlos Martins, fazendo entrar o irrequieto Yannick Djaló. Entrou muito bem no jogo, criando vários desequilíbrios em sucessivos slaloms e diagonais. Numa dessas arrancadas, tirou o segundo amarelo ao autor do golo bávaro, tal como tinha feito pelos sub-21 frente à Rússia. Ao contrário da selecção, o Sporting não soube aproveitar.
Depois da expulsão, voltámos a carregar... sem resultado: Mais uma série de cantos, que não serviram para bater a muralha alemã; Tello ia tentando de longe e, num livre, enviou uma bomba que Kahn defendeu por instinto; Djaló foi autor de uma fabulosa jogada individual, onde apenas faltou força para rematar e Polga quase marcava pela primeira vez de leão ao peito, rematando ao poste, numa jogada de insistência após canto.
Nos últimos 20 minutos, notou-se falta de alguém que organizasse o jogo e tivesse ideias. Continuámos a ter quase sempre a bola em nosso poder, mas o jogo era lateralizado e foi-se notando clara falta de pernas na jovem equipa, ainda muito verde nestas andanças da elite do futebol europeu. O Bayern mostrava-se muito sólido. Pagámos a factura de termos pegado de forma tão intensa no jogo e da falta de experiência. Ninguém queria ter a bola. Com o jogo já muito partido, era dar para o lado à espera que alguém resolvesse...
Polga, Tello e principalmente Moutinho foram os melhores leões em campo.
Esperamos melhor resultado na deslocação a Munique! Não custa sonhar...
BG
Sem comentários:
Enviar um comentário